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Anestesia em Procedimentos Cirúrgicos de Oftalmologia: Manual de Ciência Aplicada

  • Foto do escritor: Alexandre Netto
    Alexandre Netto
  • 23 de jul.
  • 10 min de leitura
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A anestesia oftalmológica representa um campo altamente especializado que exige conhecimento aprofundado da anatomia ocular, farmacologia específica e técnicas refinadas para garantir procedimentos seguros e eficazes.


Este artigo apresenta uma revisão abrangente das modalidades anestésicas utilizadas em cirurgias oftalmológicas, desde técnicas locais até abordagens mais complexas, fornecendo um guia prático baseado em evidências científicas atuais para profissionais da área.



A evolução da anestesia oftalmológica transformou radicalmente a prática cirúrgica ocular, permitindo procedimentos cada vez mais complexos e refinados.


A anatomia única do globo ocular, com sua rica inervação e vascularização, apresenta desafios específicos que requerem abordagens anestésicas especializadas.


O sucesso de qualquer intervenção oftalmológica depende não apenas da habilidade técnica do cirurgião, mas também da escolha adequada da técnica anestésica, considerando fatores como o tipo de procedimento, características do paciente e preferências do cirurgião.


A compreensão dos princípios farmacológicos e anatômicos que fundamentam as diferentes modalidades anestésicas é essencial para a prática clínica segura e eficiente.


Este manual visa fornecer uma base científica sólida para a tomada de decisões clínicas, abordando desde os fundamentos básicos até as técnicas mais avançadas utilizadas na anestesia oftalmológica contemporânea.

Anatomia Aplicada à Anestesia Oftalmológica


Inervação Ocular


O conhecimento detalhado da inervação ocular é fundamental para a compreensão das técnicas anestésicas. O globo ocular recebe inervação sensitiva primariamente através do nervo trigêmeo (V par craniano), especificamente pela divisão oftálmica (V1). Os ramos principais incluem:


- Nervo nasociliar: Fornece inervação à córnea, íris e corpo ciliar através dos nervos ciliares longos

- Nervo frontal: Inerva a pálpebra superior e região frontal

- Nervo lacrimal: Responsável pela inervação da glândula lacrimal e pálpebra superior lateral


A inervação motora é fornecida pelos nervos oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI), que controlam os músculos extraoculares.


O nervo facial (VII) inerva o músculo orbicular do olho, sendo relevante para o controle do piscar durante os procedimentos.


Espaços Anatômicos Relevantes


A compreensão dos espaços anatômicos orbitários é crucial para a execução segura dos bloqueios anestésicos:


- Espaço retrobulbar: Localizado posteriormente ao globo ocular, dentro do cone muscular

- Espaço peribulbar: Situado externamente ao cone muscular, oferecendo maior segurança

- Espaço sub-Tenon: Entre a cápsula de Tenon e a esclera, proporcionando acesso direto aos tecidos oculares


Modalidades Anestésicas


Anestesia Tópica


A anestesia tópica representa a modalidade mais simples e amplamente utilizada em procedimentos oftalmológicos menores. Caracteriza-se pela aplicação direta de anestésicos locais na superfície ocular.


Agentes Farmacológicos


Tetracaína 0,5-1%: Considerada o padrão-ouro para anestesia tópica ocular, apresenta início de ação rápido (1-2 minutos) e duração adequada (15-20 minutos). Sua potência elevada permite anestesia eficaz da córnea e conjuntiva.


Proparacaína 0,5%: Oferece menor irritação inicial comparada à tetracaína, sendo preferida em pacientes sensíveis. Apresenta perfil de segurança similar e duração ligeiramente menor.


Lidocaína 2-4%: Utilizada principalmente em procedimentos mais prolongados, oferece duração estendida (30-45 minutos) e excelente penetração tecidual.


Indicações Clínicas


A anestesia tópica é indicada para:

- Cirurgias de catarata por facoemulsificação

- Procedimentos de superfície ocular

- Injeções intravítreas

- Remoção de corpos estranhos superficiais

- Biopsias conjuntivais menores


Vantagens e Limitações


As principais vantagens incluem simplicidade de aplicação, ausência de riscos associados a injeções e recuperação imediata. Entretanto, apresenta limitações em termos de profundidade anestésica e controle da motilidade ocular.


Anestesia por Injeção Subconjuntival


Esta técnica envolve a injeção de anestésico local no espaço subconjuntival, proporcionando anestesia mais profunda e duradoura comparada à aplicação tópica.


Técnica de Aplicação


A injeção é realizada preferencialmente no quadrante superior, utilizando agulha de calibre fino (27-30G). O volume típico varia entre 0,5-1,0 mL de lidocaína 2% com ou sem epinefrina.


Indicações


- Cirurgias de pterígio

- Ressecções conjuntivais extensas

- Procedimentos de glaucoma de pequeno porte

- Complemento à anestesia tópica em casos selecionados


Bloqueio Retrobulbar


O bloqueio retrobulbar consiste na injeção de anestésico local no espaço retrobulbar, proporcionando anestesia completa do globo ocular e acinesia dos músculos extraoculares.


Anatomia e Técnica


A técnica clássica utiliza o ponto de inserção no terço lateral da pálpebra inferior, direcionando a agulha posteriormente e medialmente em direção ao ápice orbitário. A profundidade de inserção varia entre 25-35 mm, dependendo das características anatômicas individuais.


Agentes Anestésicos


A combinação mais utilizada consiste em:

- Lidocaína 2% (3-4 mL)

- Bupivacaína 0,5% (2-3 mL)

- Hialuronidase 150 UI (para facilitar a difusão)


Complicações Potenciais


Embora eficaz, o bloqueio retrobulbar apresenta riscos inerentes:

- Perfuração do globo ocular (0,1-0,7%)

- Hemorragia retrobulbar (1-3%)

- Lesão do nervo óptico (raro)

- Injeção intravascular inadvertida


Bloqueio Peribulbar


Desenvolvido como alternativa mais segura ao bloqueio retrobulbar, o bloqueio peribulbar oferece eficácia comparável com menor incidência de complicações graves.


Vantagens Técnicas


- Menor risco de perfuração ocular

- Ausência de risco para o nervo óptico

- Técnica mais previsível

- Possibilidade de múltiplos pontos de injeção


Técnica de Duas Injeções


A abordagem clássica utiliza dois pontos de injeção:

1. Injeção inferolateral: No terço lateral da pálpebra inferior

2. Injeção superomedial: Na transição entre os terços medial e central da pálpebra superior


Volume e Composição


O volume total varia entre 8-12 mL, distribuído igualmente entre os dois pontos de injeção. A composição típica inclui lidocaína 2%, bupivacaína 0,5% e hialuronidase.


Anestesia Sub-Tenon


Esta técnica moderna oferece excelente perfil de segurança através do acesso direto ao espaço sub-Tenon, evitando estruturas críticas.


Técnica Cirúrgica


O procedimento envolve:

1. Anestesia tópica prévia

2. Incisão conjuntival no quadrante inferotemporal

3. Dissecção cuidadosa da cápsula de Tenon

4. Inserção de cânula romba no espaço sub-Tenon

5. Injeção lenta do anestésico (3-5 mL)


Vantagens Específicas


- Risco mínimo de complicações graves

- Visualização direta do campo cirúrgico

- Eficácia anestésica adequada

- Recuperação mais rápida


Anestesia Geral em Oftalmologia


Indicações Específicas


A anestesia geral em oftalmologia é reservada para situações específicas:


Indicações Absolutas

- Cirurgias em pacientes pediátricos

- Procedimentos de longa duração (>2 horas)

- Cirurgias de trauma ocular complexo

- Impossibilidade de cooperação do paciente


Indicações Relativas

- Ansiedade extrema do paciente

- Claustrofobia severa

- Movimentos involuntários

- Preferência do cirurgião para procedimentos específicos


Considerações Técnicas


Controle da Pressão Intraocular


O manejo da pressão intraocular durante anestesia geral requer atenção especial:

- Evitar succinilcolina (aumento transitório da PIO)

- Utilizar rocurônio como alternativa

- Manter ventilação adequada (evitar hipercapnia)

- Posicionamento cuidadoso da cabeça


Reflexo Oculocardíaco


O reflexo oculocardíaco, caracterizado por bradicardia em resposta à tração dos músculos extraoculares, deve ser antecipado e manejado adequadamente através de:

- Monitorização contínua da frequência cardíaca

- Comunicação entre cirurgião e anestesiologista

- Administração de atropina quando necessário


Considerações Especiais por Tipo de Procedimento


Cirurgia de Catarata


A cirurgia de catarata representa o procedimento oftalmológico mais comum, com demandas anestésicas específicas:


Técnicas Preferenciais

- Anestesia tópica com sedação leve (primeira escolha)

- Bloqueio peribulbar para casos complexos

- Anestesia sub-Tenon como alternativa segura


Fatores de Decisão

- Cooperação do paciente

- Complexidade prevista do caso

- Presença de comorbidades

- Experiência do cirurgião


Cirurgia de Glaucoma


Os procedimentos anti-glaucomatosos apresentam requisitos específicos relacionados ao controle da pressão intraocular:


Considerações Anestésicas

- Evitar aumentos da pressão intraocular

- Proporcionar anestesia adequada para manipulação escleral

- Considerar duração prolongada de alguns procedimentos


Técnicas Recomendadas

- Bloqueio peribulbar para trabeculectomias

- Anestesia sub-Tenon para procedimentos minimamente invasivos

- Anestesia tópica para implantes de drenagem simples


Cirurgia de Retina


As cirurgias vitreorretinianas apresentam desafios únicos devido à duração prolongada e necessidade de imobilidade completa:


Requisitos Específicos

- Anestesia profunda e duradoura

- Acinesia completa dos músculos extraoculares

- Ausência de reflexos oculares


Abordagens Recomendadas

- Bloqueio peribulbar com volumes aumentados

- Anestesia geral para procedimentos longos

- Combinação de técnicas quando apropriado


Farmacologia dos Anestésicos Locais


Mecanismo de Ação


Os anestésicos locais bloqueiam os canais de sódio voltagem-dependentes, impedindo a propagação do impulso nervoso. A eficácia depende de fatores como:


Propriedades Físico-Químicas

- Lipofilicidade: Determina a velocidade de início

- Ligação proteica: Influencia a duração de ação

- pKa: Afeta a velocidade de início em diferentes pHs teciduais


Classificação Química

- Ésteres: Procaína, tetracaína (metabolização por pseudocolinesterases)

- Amidas: Lidocaína, bupivacaína (metabolização hepática)


Agentes Específicos


Lidocaína

- Concentração: 0,5-2%

- Início: 2-5 minutos

- Duração: 60-120 minutos

- Características: Excelente penetração, baixa toxicidade


Bupivacaína

- Concentração: 0,25-0,75%

- Início: 5-10 minutos

- Duração: 200-400 minutos

- Características: Longa duração, maior potência


Mepivacaína

- Concentração: 1-2%

- Início: 3-5 minutos

- Duração: 90-180 minutos

- Características: Menor vasodilatação, bom para pacientes com contraindicações à epinefrina


Adjuvantes


Epinefrina

- Concentração: 1:100.000 a 1:200.000

- Efeitos: Vasoconstrição, prolongamento da duração, redução da absorção sistêmica

- Contraindicações: Hipertensão severa, arritmias, uso de betabloqueadores não seletivos


Hialuronidase

- Dose: 150-300 UI

- Mecanismo: Degradação do ácido hialurônico, facilitando a difusão

- Benefícios: Melhora da qualidade do bloqueio, redução do volume necessário


Complicações e Manejo


Complicações Locais


Hemorragia

- Incidência: 1-3% dos bloqueios injetáveis

- Fatores de risco: Anticoagulação, hipertensão, anatomia vascular anômala

- Manejo: Compressão imediata, adiamento do procedimento se necessário


Perfuração do Globo Ocular

- Incidência: 0,1-0,7% (bloqueio retrobulbar)

- Fatores de risco: Olhos míopes, anatomia alterada, técnica inadequada

- Manejo: Reconhecimento imediato, reparo cirúrgico urgente


Diplopia Temporária

- Incidência: 5-15%

- Duração: Geralmente 2-6 horas

- Causa: Miosite induzida por anestésico ou lesão muscular


Complicações Sistêmicas


Toxicidade por Anestésico Local

- Manifestações precoces: Dormência peribucal, zumbido, alteração do paladar

- Manifestações tardias: Convulsões, arritmias cardíacas, colapso cardiovascular

- Prevenção: Aspiração antes da injeção, doses apropriadas, monitorização


Reações Alérgicas

- Tipo I (IgE mediada): Urticária, broncoespasmo, anafilaxia

- Tipo IV (tardia): Dermatite de contato

- Manejo: Suspensão imediata, tratamento sintomático, epinefrina se necessário


Protocolos de Emergência


Algoritmo para Toxicidade Sistêmica

1. Reconhecimento precoce: Sinais neurológicos ou cardiovasculares

2. Suporte básico: Oxigenação, ventilação, acesso vascular

3. Medicações específicas: Emulsão lipídica 20% (1,5 mL/kg em bolus)

4. Suporte avançado: Cardioversão, drogas vasoativas conforme necessário


Considerações em Populações Especiais


Pacientes Pediátricos


A anestesia oftalmológica em crianças apresenta desafios únicos que requerem abordagem especializada:


Considerações Anatômicas

- Órbita menor e mais superficial

- Maior proporção de tecido adiposo

- Desenvolvimento incompleto dos seios paranasais


Abordagem Anestésica

- Anestesia geral como primeira escolha

- Bloqueios regionais apenas em casos selecionados

- Sedação consciente para procedimentos menores em adolescentes


Pacientes Idosos


O envelhecimento populacional aumenta a prevalência de comorbidades que influenciam a escolha anestésica:


Alterações Fisiológicas

- Redução da função cardiovascular

- Alterações na farmacocinética dos medicamentos

- Maior incidência de diabetes e hipertensão


Adaptações Necessárias

- Redução das doses de anestésicos locais

- Monitorização cardiovascular mais rigorosa

- Atenção especial à posição durante procedimentos longos


Pacientes Anticoagulados


O manejo perioperatório da anticoagulação requer coordenação multidisciplinar:


Avaliação de Risco

- Risco trombótico: Tipo de anticoagulante, indicação, tempo desde o último evento

- Risco hemorrágico: Tipo de procedimento, técnica anestésica, comorbidades


Estratégias de Manejo

- Procedimentos de baixo risco: Manutenção da anticoagulação

- Procedimentos de alto risco: Suspensão temporária com bridging quando apropriado

- Técnicas anestésicas menos invasivas quando possível


Avanços Recentes e Perspectivas Futuras


Novas Técnicas Anestésicas


Bloqueio do Nervo Supraorbital

- Técnica emergente para procedimentos palpebrais

- Menor invasividade comparada aos bloqueios tradicionais

- Aplicação em cirurgias de ptose e blefaroplastias


Anestesia Intracameral

- Injeção direta de anestésico na câmara anterior

- Utilizada principalmente em cirurgias de catarata

- Redução do desconforto pós-operatório


Desenvolvimentos Farmacológicos


Anestésicos de Liberação Prolongada

- Formulações liposomais de bupivacaína

- Duração estendida (até 72 horas)

- Potencial para redução da dor pós-operatória


Adjuvantes Novos

- Dexmedetomidina para sedação consciente

- Clonidina como coadjuvante em bloqueios regionais

- Agentes anti-inflamatórios incorporados às soluções anestésicas


Tecnologia e Monitorização


Ultrassonografia

- Visualização em tempo real das estruturas orbitárias

- Guia para bloqueios regionais mais seguros

- Identificação de variações anatômicas


Monitorização Avançada

- Sensores de pressão intraocular contínua

- Monitorização da profundidade anestésica

- Sistemas de alerta precoce para complicações


Protocolos Clínicos e Diretrizes Práticas


Protocolo de Avaliação Pré-Anestésica


História Clínica Dirigida

- Medicações em uso: Anticoagulantes, anti-hipertensivos, hipoglicemiantes

- Alergias conhecidas: Anestésicos locais, latex, iodo

- Cirurgias oculares prévias: Complicações, tipo de anestesia utilizada

- Condições sistêmicas: Diabetes, hipertensão, cardiopatias


Exame Físico Específico

- Avaliação orbitária: Proptose, limitação da motilidade ocular

- Anatomia palpebral: Blefaroptose, dermatocálase

- Condições oculares: Miopia alta, glaucoma, inflamações ativas


Algoritmo de Escolha da Técnica Anestésica


Fatores do Paciente

- Idade e capacidade de cooperação

- Comorbidades sistêmicas

- Preferências pessoais

- Experiências anestésicas prévias


Fatores do Procedimento

- Duração prevista

- Invasividade

- Necessidade de acinesia

- Possibilidade de conversão para técnica mais invasiva


Fatores do Cirurgião

- Experiência com diferentes técnicas

- Preferências pessoais

- Disponibilidade de recursos


Protocolos de Segurança


Check-list Pré-Procedimento

1. Confirmação da identidade do paciente

2. Verificação do olho a ser operado

3. Revisão das alergias e medicações

4. Teste de equipamentos de emergência

5. Disponibilidade de medicações de resgate


Monitorização Intraoperatória

- Sinais vitais contínuos

- Nível de consciência e conforto

- Adequação da anestesia e acinesia

- Sinais de complicações locais ou sistêmicas


Educação e Treinamento


Competências Essenciais


Conhecimento Teórico

- Anatomia orbitária detalhada

- Farmacologia dos anestésicos locais

- Fisiopatologia das complicações

- Princípios de segurança em procedimentos


Habilidades Práticas

- Técnicas de bloqueio regional

- Reconhecimento e manejo de complicações

- Comunicação efetiva com pacientes

- Trabalho em equipe multidisciplinar


Programas de Treinamento


Simulação e Modelos Anatômicos

- Treinamento em cadáver

- Simuladores de alta fidelidade

- Modelos virtuais e realidade aumentada

- Programas de mentoria estruturados


Educação Continuada

- Congressos e simpósios especializados

- Cursos de atualização regulares

- Publicações científicas relevantes

- Plataformas de educação online


Aspectos Éticos e Legais


Consentimento Informado


Elementos Essenciais

- Explicação clara do procedimento anestésico

- Riscos e benefícios específicos

- Alternativas disponíveis

- Direito à recusa ou mudança de decisão


Documentação Adequada

- Registro detalhado da discussão

- Assinatura do paciente ou responsável

- Testemunhas quando apropriado

- Atualização em caso de mudanças


Responsabilidade Profissional


Padrão de Cuidado

- Seguimento de diretrizes estabelecidas

- Atualização técnica constante

- Trabalho dentro dos limites de competência

- Busca por segunda opinião quando necessário


Gestão de Complicações

- Reconhecimento precoce e honesto

- Tratamento adequado e oportuno

- Comunicação transparente com o paciente

- Documentação completa e precisa



A anestesia em procedimentos cirúrgicos oftalmológicos representa uma especialidade que combina conhecimento científico profundo com habilidades técnicas refinadas.


O sucesso dos procedimentos oftalmológicos modernos depende fundamentalmente da escolha adequada da técnica anestésica, considerando as características individuais de cada paciente, as demandas específicas do procedimento e os recursos disponíveis.


A evolução contínua desta área, impulsionada por avanços tecnológicos e farmacológicos, oferece perspectivas promissoras para o futuro.


Novas técnicas menos invasivas, agentes anestésicos mais seguros e sistemas de monitorização avançados contribuem para procedimentos cada vez mais seguros e confortáveis para os pacientes.


A educação continuada e o treinamento sistemático permanecem pilares fundamentais para a manutenção de elevados padrões de qualidade e segurança.


A colaboração multidisciplinar entre oftalmologistas, anestesiologistas e demais profissionais de saúde é essencial para otimizar os resultados e minimizar os riscos.


O futuro da anestesia oftalmológica provavelmente será caracterizado por abordagens ainda mais personalizadas, baseadas em evidências científicas robustas e tecnologias inovadoras.


O comprometimento com a excelência técnica, a segurança do paciente e a atualização científica constante continuará sendo o alicerce desta especialidade em constante evolução.


A implementação dos princípios e técnicas apresentados neste manual contribuirá para a elevação dos padrões de cuidado em oftalmologia, beneficiando tanto os profissionais quanto os pacientes que confiam em nossa expertise para preservar e restaurar uma das funções sensoriais mais preciosas: a visão.




Referências Bibliográficas


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2. Alhassan MB, Kyari F, Ejere HO. Peribulbar versus retrobulbar anaesthesia for cataract surgery. Cochrane Database Syst Rev. 2015;7:CD004083.


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