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Dicionário Científico da Oftalmologia: Facoemulsificação Explicada de A a Z

  • Foto do escritor: Alexandre Netto
    Alexandre Netto
  • há 11 minutos
  • 4 min de leitura



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A facoemulsificação revolucionou o tratamento da catarata e se tornou o procedimento cirúrgico mais realizado no mundo.


Para compreender completamente esta técnica inovadora, apresentamos um guia completo com os termos mais importantes organizados de forma didática.


A - Anestesia Tópica


A maioria das cirurgias de facoemulsificação é realizada com anestesia tópica, usando apenas colírios anestésicos. Este método permite que o paciente permaneça consciente durante o procedimento, colaborando quando necessário, enquanto elimina completamente a dor.


B - Biometria


Exame fundamental realizado antes da cirurgia para medir o comprimento do olho e calcular o poder da lente intraocular que será implantada. A precisão destes cálculos determina o resultado visual final do paciente.


C - Catarata


Opacificação do cristalino natural do olho, que causa diminuição progressiva da visão. A catarata é a principal causa de cegueira reversível no mundo, afetando principalmente pessoas acima dos 60 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade.


D - Divisão Nuclear


Técnica cirúrgica onde o núcleo da catarata é dividido em fragmentos menores antes da emulsificação. As técnicas mais comuns incluem "divide and conquer" (dividir e conquistar) e "stop and chop" (parar e cortar).


E - Endotélio Corneano


Camada mais interna da córnea, composta por células que não se regeneram. Durante a facoemulsificação, é essencial proteger o endotélio usando substâncias viscoelásticas, pois danos podem causar edema corneano permanente.


F - Facoemulsificação


Técnica cirúrgica que utiliza energia ultrassônica para fragmentar e aspirar a catarata através de pequenas incisões de 2-3 milímetros. O termo deriva de "faco" (cristalino) e "emulsificação" (processo de quebrar em pequenas partículas).


G - Gasket


Sistema de vedação das incisões corneanas que permite instrumentos entrarem e saírem do olho mantendo a pressão interna estável. É fundamental para a segurança do procedimento.


H - Hidrodissecção


Técnica onde se injeta solução salina balanceada entre o núcleo da catarata e sua cápsula, facilitando a rotação e manipulação do cristalino durante a cirurgia.


I - Incisão Corneana


Pequeno corte feito na córnea, geralmente de 2,2 a 2,8 milímetros, por onde são introduzidos os instrumentos cirúrgicos. O tamanho reduzido permite cicatrização mais rápida e menor indução de astigmatismo.


J -ジョンソン & ジョンソン (Johnson & Johnson)


Uma das principais fabricantes de equipamentos e materiais para facoemulsificação, incluindo facoemulsificadores e lentes intraoculares de alta tecnologia.


K - Kelman


Charles Kelman, oftalmologista americano que desenvolveu a técnica de facoemulsificação em 1967. Sua invenção transformou a cirurgia de catarata de um procedimento hospitalar complexo em uma cirurgia ambulatorial segura.


L - Lente Intraocular (LIO)


Lente artificial implantada no lugar do cristalino natural removido. Existem diversos tipos: monofocais, multifocais, tóricas e de profundidade de campo estendida, cada uma com características específicas.


M - Microscópio Cirúrgico


Equipamento essencial que fornece magnificação e iluminação adequadas para visualizar as estruturas intraoculares durante o procedimento. Permite precisão milimétrica nas manobras cirúrgicas.


N - Núcleo


Parte central e mais dura do cristalino, que requer maior energia ultrassônica para ser emulsificada. A dureza nuclear é classificada em escala de 1 a 4, influenciando a estratégia cirúrgica.


O - OVD (Dispositivos Viscoelásticos Oftálmicos)


Substâncias gelatinosas injetadas no olho durante a cirurgia para proteger tecidos delicados, manter espaços e facilitar as manobras cirúrgicas. Exemplos incluem ácido hialurônico e hidroxipropilmetilcelulose.


P - Poder Ultrassônico


Energia utilizada para fragmentar a catarata, medida em percentual. O cirurgião ajusta este parâmetro conforme a dureza do núcleo, minimizando traumas aos tecidos oculares.


Q - Qualidade Visual


Resultado final da cirurgia, que depende não apenas da remoção completa da catarata, mas também da escolha adequada da lente intraocular e da preservação das estruturas oculares.


R - Rhexis


Abertura circular feita na cápsula anterior do cristalino, por onde se acessa o núcleo da catarata. Uma rhexis bem executada é crucial para o sucesso da cirurgia e estabilidade da lente intraocular.


S - Saco Capsular


"Envelope" transparente que envolve o cristalino natural. Após a remoção da catarata, a lente intraocular é implantada dentro deste saco, mantendo-a na posição correta.


T - Torsional


Movimento de torção da ponta ultrassônica que complementa o movimento longitudinal tradicional, permitindo emulsificação mais eficiente com menor geração de calor e trauma ocular.


U - Ultrassom


Energia sonora de alta frequência (40.000 Hz) que vibra a ponta metálica do facoemulsificador, fragmentando a catarata em pequenas partículas que são aspiradas.


V - Vacuometria


Sistema de aspiração controlada que remove os fragmentos de catarata emulsificados. O controle preciso do vácuo é essencial para evitar colapso da câmara anterior.


W - Wound


Termo em inglês para ferida ou incisão. Na facoemulsificação, refere-se às pequenas incisões corneanas que, devido ao tamanho reduzido, cicatrizam rapidamente sem necessidade de suturas.


X - Xantofila


Pigmento amarelo presente naturalmente no cristalino que oferece proteção contra luz azul. Algumas lentes intraoculares incorporam este filtro, reproduzindo a proteção natural.


Y - YAG Laser


Laser usado para tratar a opacificação capsular posterior, complicação que pode ocorrer meses ou anos após a facoemulsificação, causando diminuição da visão.


Z - Zeiss


Fabricante alemã de equipamentos oftálmicos de alta precisão, incluindo microscópios cirúrgicos e sistemas de facoemulsificação utilizados mundialmente.


Conclusão


A facoemulsificação representa um dos maiores avanços da oftalmologia moderna.


Compreender seus aspectos técnicos ajuda pacientes e profissionais a apreciar a complexidade e sofisticação desta técnica que devolveu a visão a milhões de pessoas em todo o mundo.


Com tecnologia em constante evolução, o futuro promete resultados ainda melhores e procedimentos cada vez mais seguros.



 
 
 

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