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MIGS: A Revolução Silenciosa na Cirurgia do Glaucoma

  • Foto do escritor: Alexandre Netto
    Alexandre Netto
  • 30 de jul.
  • 2 min de leitura

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Quando menos invasivo significa mais eficácia no tratamento ocular


A oftalmologia vive uma transformação paradigmática com as Cirurgias Minimamente Invasivas para Glaucoma (MIGS), redefinindo os padrões de cuidado para milhões de pacientes em todo o mundo.


CONTEXTUALIZAÇÃO


O glaucoma, segunda maior causa de cegueira mundial, historicamente exigia uma escolha difícil: conviver com a progressão da doença ou submeter-se a cirurgias tradicionais com riscos significativos.


Esta realidade mudou drasticamente com o advento das MIGS. Em um cenário onde aproximadamente 76 milhões de pessoas sofrem de glaucoma globalmente, essas técnicas revolucionárias oferecem uma terceira via: intervenções precoces, seguras e eficazes que preservam a qualidade de vida do paciente.



As MIGS representam mais que uma evolução técnica; simbolizam uma mudança filosófica na abordagem cirúrgica do glaucoma.

Diferentemente das trabeculectomias convencionais, que criavam novas vias de drenagem através de incisões extensas, as MIGS utilizam dispositivos microscópicos e técnicas ab interno para restaurar o fluxo aquoso natural do olho.


Os números são eloquentes: enquanto cirurgias tradicionais apresentam taxas de complicação entre 10-30%, as MIGS mantêm-se consistentemente abaixo de 5%.


Dispositivos como iStent, Hydrus e Xen Gel demonstraram eficácia comprovada na redução da pressão intraocular, com a vantagem adicional de preservar a conjuntiva para futuras intervenções.


Contudo, a revolução das MIGS não está isenta de desafios. A seleção criteriosa de pacientes permanece fundamental, pois nem todos os tipos de glaucoma respondem adequadamente a essas técnicas.


Além disso, questões econômicas e de acesso limitam sua disponibilidade em muitos sistemas de saúde, criando disparidades no tratamento.


O impacto vai além dos resultados clínicos. As MIGS democratizam o tratamento cirúrgico do glaucoma, permitindo intervenções em estágios mais precoces da doença, quando a preservação da função visual é ainda mais significativa.


Esta abordagem proativa contrasta com o modelo tradicional de "esperar para ver", oferecendo aos pacientes controle ativo sobre sua condição.


CONCLUSÃO


As MIGS não apenas transformaram o tratamento do glaucoma; redefinirão o futuro da oftalmologia cirúrgica.


Ao combinar eficácia clínica com segurança aprimorada, essas técnicas representam a materialização de um princípio médico fundamental: primeiro, não causar dano.


A verdadeira revolução das MIGS reside em sua capacidade de preservar não apenas a visão, mas a esperança dos pacientes em uma vida plena e produtiva.



 
 
 

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